Os carboidratos são
compostos orgânicos formados por
carbono, hidrogênio e oxigênio, que em geral apresentam a
fórmula de (CH20)n, onde n representa o numero de carbonos que varia de 3 a 7.
Eles são classificados em monossacarídios, oligossacarídeos e polissacarídios.
A principal função dos carboidratos
é energética e esse fornecimento de energia acontece principalmente
através da glicólise. O ciclo da glicólise se inicia a partir do
momento em que a glicose consegue passar pela membrana celular. Isso ocorre com
o auxílio de uma proteína carreadora específica denominada GLUT4(proteína
responsável por transportar a glicose para os tecidos adiposos e musculares) .
A partir do momento em que temos moléculas de glicose no interior da célula, a
primeira etapa que ocorre é através
da enzima intracelular hexoquinase que fosforila a glicose, transformando-a em
glicose 6-fosfato. A glicose 6-fosfato é transformada em frutose 6-fosfato que
através da enzima fosfofrutoquinase que se utiliza de um fosfato do ATP
para gerar a frutose 1,6-difosfato, nessa reação também é formado um ADP como
podemos ver na imagem abaixo:
Então a frutose 1,6-difosfato divide-se em
duas moléculas fosforiladas com três cadeias de carbono que sofrerão 5 novas
reações formando um NADH + H+ que será utilizado na cadeira de transporte
de elétrons, 2 ATPs e um Piruvato cada, conforme podemos perceber no
esquema a seguir:
O piruvato pode ser
transformado em lactato (glicólise anaeróbica) ou em Acetilcoenzima A (glicólise
aeróbica). A glicólise aeróbica acontece quando MCT(tranportador de piruvato)
carrega o piruvato do citoplasma para o interior da mitocôndria onde é
transformado em AcCoA (acetilcoenzima A) que irá reagir com o oxalacetato para
iniciar o ciclo de Krebs. Durante o ciclo de Krebs serão produzidos 3 NADH, 1
FADH e 1 ATP como podemos ver na imagem abaixo:
Esses 3 NADH serão
oxidados gerando assim 3 ATPs cada e o FADH também será oxidado gerando 2 ATPs.
A glicólise aeróbica terá então uma síntese total de:
· * 2 ATPs oriundos da glicólise
· * 24 ATPs oriundos dos 4 NADH de cada
piruvato
· * 4 ATPs oriundos pelo FADH de cada
piruvato
· * 2 ATPs oriundos do substrato
· * 6 ATPs oriundos da Electron
Shuttle(lançadeira de elétrons) que transporta 2 NADH citoplasmáticos para a mitocôndria.
Totalizando 38 ATPs por
mol de glicose.
Já
glicólise anaeróbica é caracterizada por não necessitar de oxigênio e acontece
quando há a saturação do MCT e ao invés de continuar mantendo o transporte de
piruvato para dentro da mitocôndria há a ativação do LDH (lactato
desidrogenase), convertendo piruvato em lactato. Aplicando diretamente ao
exercício físico verificamos que o treinamento aeróbico gera novas adaptações
em nível mitocondrial: primeiramente o aumento do tamanho das mitocôndrias e
posteriormente o aumento do número de mitocôndrias. Isso nos leva a concluir
que a partir do momento que se tem adaptações a nível mitocondrial retardamos a
produção de lactato durante o exercício físico, visto que aumentando o tamanho
e o número de mitocôndrias retardamos a saturação dos transportadores de
piruvato (MCT).
Referências:
William D. McArdle, Frank I. Katch, Victor L Katch, traduzido por Giuseppe Taranto. Fisiologia do exercício: nutrição, energia e desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
Maughan, R; Gleeson, M; Greenhaff, P. Bioquímica do Exercício e do Treinamento. São Paulo: Manole, 2000.
http://www.slideshare.net/felipecarpes/aula-2-bioenergetica-fisiologia-do-exerccio
http://www.fade.up.pt/fisiologiageral/_arquivo/FONTES_ENERGETICAS.pdf
Referências:
William D. McArdle, Frank I. Katch, Victor L Katch, traduzido por Giuseppe Taranto. Fisiologia do exercício: nutrição, energia e desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
Maughan, R; Gleeson, M; Greenhaff, P. Bioquímica do Exercício e do Treinamento. São Paulo: Manole, 2000.
http://www.slideshare.net/felipecarpes/aula-2-bioenergetica-fisiologia-do-exerccio
http://www.fade.up.pt/fisiologiageral/_arquivo/FONTES_ENERGETICAS.pdf
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