O seminário II feito no dia 18.06
abordou os últimos conteúdos da matéria da cadeira de Fisiologia do Exercício.
Os conteúdos foram: cardiovascular, respiratório; gastrointestinal e renal;
sistema ósseo.
A análise do artigo que faremos a seguir tem o título de : Association of physical activity with vascular endothelial function and intima-media thickness – A longitudinal study in adolescents (Associação da atividade física com a função endotelial vascular e da espessura íntima-média - Um estudo longitudinal em adolescentes). O grupo que apresentou esse artigo em forma de pdf para a turma foi composto pelas alunas Aline Bueno, Caroline Prauchner, Cassiele Felappi e Thaline Horn do curso de fisioterapia da UFRGS. Os autores deste artigo são: Katja Pahkala, Olli J. Heinonen, Olli Simell, Jorma S.A.
Viikari, Tapani Ronnemaa, Harri Niinikoski e Olli T. Raitakari.
Escolhemos esta apresentação por que o artigo fala sobre o desenvolvimento e progressão da aterosclerose subclínica durante a adolescência que está associada a mudanças
estruturais e funcionais das artérias, o enfraquecimento (dano) da função vasodilatadora endotelial e o aumento da
espessura da IMT estão associada com a doença coronária aterosclerose, e prevê
eventos cardiovasculares. Assunto muito debatido entre estudantes de educação física e fisioterapia.
A aterosclerose é uma doença que consiste na deposição de lipídeos nas paredes das artérias e vasos, na imagem a baixo mostra como fica a artéria quando há o acúmulo de LDL que transforma-se em ateromas o volume dos ateromas aumenta progressivamente, podendo ocasionar obstrução total em algum ponto do vaso:
A dilatação da artéria braquial mediada pela fluxo
(FMD), avaliado por ultra-som, é amplamente utilizado como marcador da função
endotelial sistêmica. A artéria carótida tem sido alvo de avaliação
ultra-sônica para mudanças iniciais estruturais. Estudos de autópsia têm
mostrado que as primeiras alterações morfológicas na parede arterial surgem na
aorta abdominal. IMT da aorta abdominal pode, portanto, ser um melhor marcador
substituto de aterosclerose de carótida IMT, especialmente em idades jovens. A imagem a seguir mostra o enfraquecimento da função
vasodilatadora endotelial e o aumento da espessura da IMT:
A
atividade física melhora a função endotelial em adultos e neutraliza a perda de
função vasodilatadora associada a idade. As crianças também são beneficiadas
com o exercício. A atividade física está associada com a diminuição da
progressão da IMT da carótida em adultos saudável e em pacientes com doença
cardíaca coronária ou hipertensão.
O artigo usa como metodologia de pesquisa a altura que foi medida através de um estadiômetro, o peso através de uma escala eletrônica, o IMC que foi calculado como peso em quilogramas dividido por
altura em metros quadrados, a pressão sanguínea foi medida em 3 momentos utilizando um esfigmomanômetro, para
avaliar o hábito de fumar foi utilizado um questionário. Adolescentes que
relataram fumar ao menos uma vez por dia foram considerados como fumantes
regulares. Foi coletada uma amostra de sangue venoso em jejum. Foi analisado o modelo
linear de efeitos mistos que fazem associação da AFL com
a FMD e a IMT e a associação da AFL com
o diâmetro da artéria braquial. Foi usado também o teste t, que mostra a diferença entre a progressão da IMT e a mudança na FMD
em adolescentes que tiveram um aumento na AFL.
RESULTADOS:
- FMDmax e FMDauc (Marcadores de função endotelial vascular diretamente associados com AFL:
- Um aumento moderado da AFL foi associado com a diminuição progressiva de IMT em comparação com adolescentes que permaneceram sedentários. Os adolescentes que se tornaram sedentários tiveram um progressivo aumento da IMT em comparação com adolescentes que permaneceram moderadamente ativos. Um extenso aumento da AFL não foi associado com a diminuição da progressão da IMT.
- Em adolescentes sedentários, um grande aumento de AFL foi associado com aumento significativo da FMD comparado com adolescentes sedentários. O aumento moderado da AFL não foi associado com mudanças da FMDmax.
- A dilatação da artéria foi menor para adolescentes que tiveram um grande aumento da AFL comparado com aqueles que foram persistentemente ativos.
Atividade física sugerida para afetar o espessamento da
íntima média da carótida tem um impacto favorável sobre fatores de risco
cardiovascular (adiposidade, lipoproteínas plasmáticas e inflamação).
Em adultos o treinamento físico durante 3 meses não foi
capaz de melhorar o espessamento da íntima média da carótida, enquanto a
intervenção no estilo de vida á longo prazo (incluindo a atividade física),
diminuiu a progressão da íntima média da carótida.
Neste estudo, o efeito benéfico do aumento das
atividades físicas em tempo livre no espessamento da íntima média aórtica foi
evidente e independente do IMC, HDL/colesterol total, pressão arterial
sistólica e á alta sensibilidade á proteína C-reativa.
Em adolescentes que aumentaram excessivamente suas
atividades físicas em tempo livre o diâmetro da artéria braquial foi menor do
naqueles que se mantiveram ativos (17 anos).
CONCLUSÃO:
Atividade
física é favoravelmente associado com a função endotelial e IMT em
adolescentes. É importante ressaltar que um aumento moderado da atividade
física está relacionado com a diminuição da progressão da IMT. Um estilo de
vida fisicamente ativo parece impedir o desenvolvimento de alterações
vasculares aterosclerose subclínica em adolescentes saudáveis.
Nós achamos o artigo muito interessante, muito bem explicado pelo grupo das meninas da fisioterapia e de extrema importância, pois não há muitos estudos que comprovam essa ligação sobre
os efeitos da ativdade física na função
endotelial e IMT em adolescentes saudáveis.
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